segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Respirando Casamento

Eu nunca vi uma família tão cansada como a minha hoje de manhã.  Nem a bebê acordou no horário da mamadeira!  Depois de um final de semana respirando casamento, estava todo mundo super cansado.  É claro que para as meninas esse cansaço veio de muito brincar dos dois casamentos e no baile de sábado à noite.  Já nós adultos podemos dizer que nos divertimos muito sim, mas no desenrolar de tudo o que a gente tinha que fazer.  Isto inclui correr atrás das crianças que brincavam nas festas.

Na sexta-feira foi a vez de uma prima querida se casar.  Um evento que foi do jeitinho da noiva, cheio de detalhes e mimos de uma moça muito prendada.  Foi uma hora que teve muita emoção, recompensa para uma noiva que com muito esmero se preparou durante meses a fio.  No domingo casou uma jovem que eu cuidei como líder da primária e depois como adolescente na Organização das Moças.  Uma cerimônia que veio firmar a decisão de seguir o Salvador e fazer o que Ele requer, apesar de todas as circunstâncias que justificariam adiar esse passo.

Foi um final de semana cheio de muito amor e eu pude sentir no meu coração o que eu já entendia com a minha mente.  Cristo ama casamentos, todos eles!  Em um mundo que se preocupa tanto com listas de convidados, presentes e preparativos, vi que aos olhos de nosso Pai Celestial casamento se trata de apenas de duas pessoas: um homem e uma mulher que se amam e que decidem juntos formar um lar onde seus filhos possam habitar.  E a emoção que essa união traz, o amor e gratidão dos pais e do resto da família, a alegria dos amigos, a beleza da noiva, a ansiedade do noivo, são todos presentes de Deus.

Porque quem casa quer casa.  Quando Jesus foi se despedir dos discípulos disse: 

" Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vô-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também."João 14:2-3
E é esse amor que um homem precisa ter para se casar.  Me lembro quando recém-casados que a coisa que meu marido mais comemorava era não ter mais aquela hora da despedida de domingo à noite.  Imagino que é por isso que Paulo usou o Salvador como exemplo ao dizer aos maridos que deveriam amar suas esposas "como também Cristo amou a Igreja" (Efésios 5:25).



Mas as pessoas sempre complicam demais as coisas.  Existem tantas fórmulas para tantos gostos do que é um par ideal, a festa perfeita.  Mas a verdade é que casamento nasce da necessidade do outro, de querer levar pra casa, cuidar e não largar mais.  É um mar de rosas cheio de espinhos que não podem ser evitados.  É a empreitada mais feliz dessa vida mesmo com todos os seus desafios e muitas vezes fracassos.  
Recomendo a todos o casamento.  Não sei de alegria maior do que a de iniciar e manter uma família.  Sei que no fim dessa vida cada momento de dificuldade vivido no casamento será motivo de muito mais amor e gratidão.



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Como Uma Criança

Ontem foi o dia da minha reunião preferida na Igreja: a sacramental da Primária.  Desde que comecei a frequentar a Igreja me emociono com esse dia especial em que as crianças mostram o que aprenderam na Igreja durante o ano.  Elas cantam, falam escrituras, lêem versinhos e às vezes até se atrapalham ainda que cheias de fofura e, principalmente, do poder de Deus.  É uma hora carregada de sorrisos e de lágrimas de ternura.

Eu já participei como líder, mas  assistir como mãe é muito mais legal.  Finalmente a minha filha mais velha tem idade o suficiente de efetivamente participar, então foi muito especial para nossa família.  Nem imaginava que ela participaria tanto!  Foi surpreendente ver a pequenina falar na frente de todo mundo e nem esquecer a fala.  Eu nem acreditei que ela teria coragem de cantar sozinha.  Mas ela fez e foi lindo, assim como todos os outros fofos que dividiram o púlpito com ela.



O impressionante de tudo isso é sentir o progresso das crianças e ver que sua fé é algo tão autônomo da minha espiritualidade como mãe, ainda que reflita o que ela me vê fazer.  Hoje pela manhã, enquanto líamos da vida de Cristo no livro de João, aprendemos sobre Caifás.  Esse homem era um sumo sacerdote que servia no conselho entre os fariseus na ocasião em que Cristo ressuscitou a Lázaro.  Foi a partir de então que se propuseram a abertamente discutir a morte de Jesus e a reação de Caifás é a profecia que discutimos hoje:

"E um deles, chamado Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis,Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.Ora, ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação.E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos.Desde aquele dia, pois, consultavam-se para o matarem." João 11:49-53

Perguntei a minha filha sobre o comentário do evangelista quando explicou que o Salvador deveria padecer não só pela nação mas “também para reunir”.  Ela prontamente respondeu como sendo a coisa mais óbvia do mundo que era a Igreja.  A resposta dela imediatamente me trouxe a mente os ensinamentos de Paulo aos Efésios no capítulo 5 (versículos 25 ao 27), quando o apóstolo pregou que Cristo deu sua vida pela Igreja.

Me assombra pensar na pessoa tão melhor do que eu ela está se tornando, apesar de ter que diariamente aprender comigo.  Aos 5 anos ela entende coisas que eu nunca tinha pensado em meus 34 anos de existência.  Meu grande medo ao considerar essas coisas é imaginar que eu possa com os meus erros e minhas falhas desvirtuá-la desses saberes tão preciosos que ela já está construindo dentro dela e substituí-los com minhas filosofias e achismos.  Definitivamente, as palavras do Rei Benjamim se aplicaram na minha vida como nunca antes:

 "Porque o homem natural é inimigo de Deus e tem-no sido desde a queda de Adão e sê-lo-á para sempre; a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito e despoje-se do homem natural e torne-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor; e torne-se como uma criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor, disposto a submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deva infligir, assim como uma criança se submete a seu pai."
Mosias 3:19

Acredito que o maior desafio da minha experiência como mãe é me tornar uma criança e não fazer das minhas crianças adultos.  

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Fé Fundamentada em Respostas

Sempre fui muito curiosa:  se a curiosidade matasse não só os gatos, eu não teria sequer chegado aos 8 anos.  Toda a minha vida eu fiz muitas perguntas!  Tantas que a coitada da minha mãe só foi descobrir que as crianças tinham a fase das perguntas com a minha irmã, porque comigo isso era o normal.  Sim, eu era normalmente muito chata.

Mas hoje em dia eu aprendi a usar as perguntas ao meu favor.  Perguntar mostra o meu interesse no que a pessoa está me contando e como eu me importo com ela.  A maioria das minhas perguntas, no entanto, são de natureza mais profunda e o meu desafio foi deixar de fazer essas perguntas difíceis que me tornavam tão indiscreta!  Eu gosto de entender como as coisas funcionam e o motivo por trás de tudo.

Por tudo isso me deixa muito chateada quando eu ouço alguém dizer que o motivo de alguém se afastar de Deus é ser questionador.  Tenho que me controlar para não sentir o insulto. Porque em essência o que essa pessoa quer dizer é que quem está na Igreja simplesmente aceita tudo o que é falado como uma vaquinha de presépio.  Embora isso seja verdade para muitas pessoas, realmente não é verdade para todas.

Na Igreja de Jesus Cristo, a qual pertenço, isso é especialmente preocupante.   Porque o primeiro desafio que os missionários nos fazem é o de ler o Livro de Mórmon e perguntar a Deus se ele é verdadeiro.  Não nos interessa batizar pessoas que não tenham buscado essa resposta.  Sem essa confirmação do Espírito, ninguém será capaz de cumprir com o desafio do discipulado que se espera de um membro da Igreja.




Acho que a confusão vem da falsa ideia de que questionar e duvidar são a mesma coisa.  Não há nada de lógico nisso.  Existem perguntas que podem ser respondidas e acreditar nessas respostas não nos torna menos questionadores do que aqueles que não aceitam o que lhes é mostrado claramente.   É o mesmo caso da pessoa que vai ao médico, descobre que precisa se cuidar e não o faz.  Isso não a torna mais competente do que aquele que faz o que o médico prescreve e se cura.

Respostas só nos conduzem a fé quando são postas em prática.  Existem pessoas que acham que precisam de todas as respostas antes de fazer as coisas.  São aquelas acham que só podem comer saudável quando conseguirem um mestrado em nutrição.  Essas pessoas provavelmente nunca terão nem o vigor nem a forma física que almejam.  Eu, por outro lado, decidi colocar em prática uma resposta de cada vez e o resultado disso são 20 anos crescendo em fé em uma Igreja que é tratada com desconfiança ou desprezo por tantas das pessoas que admiro.

Não tem sido fácil.  Eu reconheço que muitas pessoas tem dificuldade de discernir respostas e isso é um problema que eu já tratei nesse post aqui.

http://www.vivendoabundante.blogspot.com.br/2015/07/quebrando-cabeca.html

Existem aqueles que ignoram as respostas que recebem e que dizem que Deus não lhes atende.  Eles desistem de Deus porque na verdade nunca tiveram mais do que uma curiosidade superficial, sem a mínima intenção de comprometer-se com algo mesmo que descobrissem ser a verdade por si mesmos.  E por causa desses, muitos dos que creem se sentem isolados e se perguntam se o que sentem e fazem é mesmo a loucura que dizem ser.  Para esses que sofrem com essas dúvidas eu relembro as palavras do profeta: 
Trazei o povo cego, que tem olhos; e os surdos, que têm ouvidos.
Todas as nações se congreguem juntamente, e os povos se reúnam; quem dentre eles pode anunciar isso, e fazer-nos ouvir as coisas antigas? Apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem, e se ouça, e se diga: Verdade é.Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e creiais em mim, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.
Eu, eu sou o Senhor, e além de mim não há Salvador.
Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus.
Isaías 43:8-12
Eu sei que Deus responde as orações porque Ele responde as minhas.  Eu sei que os conselhos dele são bons porque todos aqueles que eu segui me conduziram a coisas melhores.  Tenho a experiência de não seguir seus conselhos e perder oportunidades maravilhosas e me arrepender muito por isso.  Não sou melhor do que ninguém e digo que este privilégio está ao alcance de toda alma que decidir pôr a prova sua palavra.

Sou sua testemunha e sua serva, por escolha Dele e não minha, e sei e creio Nele e entendo que é o mesmo Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Problemas Modernos

Esse sábado tinha que me arrumar para o casamento de uma prima do meu marido.  Me deu saudade da época em que a gente podia usar os vestidos de festas em círculos diferentes como se fosse a primeira vez.  Agora com as redes sociais, todo mundo já viu todos os seus visuais possíveis!   Tempos atrás isso me fazia querer comprar mais vestidos, mas a essa altura do campeonato da minha vida decidi não ligar mais para isso.



Pois a vida moderna nos apresenta muitas situações novas.  Na semana passada a Igreja teve que fazer algumas adaptações para podemos permanecer firmes em nossas convicções sem causar dano ou desrespeitar os sentimentos alheios.  Mas a polêmica foi e está sendo bem acalorada.

Acontece que foi decidido que a Igreja não realizará bênçãos de recém-nascidos e nem batismos de filhos de casais homoafetivos sem a autorização da Primeira Presidência até que eles atinjam a idade adulta.  Ou seja, ao invés de simplesmente realizar essas ordenanças mediante o consentimento dos pais como antes, elas precisam passar por um processo para ser aprovadas daqui em diante.  Isto porque na prática, quando uma criança recebe um nome ou se batiza na Igreja, ela se torna um membro dela e a partir daí o casal homossexual vai passar a ser contatado pela liderança da Igreja regularmente -- uma Igreja que prega um estilo de vida diferente daquele que os pais praticam.  Ela vai ser ensinada por outras pessoas que o casamento deve ser entre um homem e uma mulher o que provavelmente vai causar muito mais constrangimentos e sofrimento para essa criança ou jovem do que qualquer benefício espiritual.

Se eu fosse uma mãe lésbica eu me sentiria aliviada de saber que pelo menos uma igreja no mundo se mancou que não é legal dizer para uma criança que os pais dela estão errados.  Porque obviamente cada um tem o direito de escolher o que acha ser o certo, mas as crianças e adolescentes ainda estão na fase em que não estão seguras disso e sofrem com situações deste tipo.  Então eu certamente não acharia legal que alguém viesse na minha casa para ensinar coisas em que eu não acredito para os meus filhos.

E aí você pergunta: mas se essa criança chegou até ali é porque os pais querem que ela receba essas ordenanças, certo?  Exato.  Mas muitas vezes essa situação acontece porque amigos próximos ou familiares incentivaram a pessoa a tomar uma decisão que não era a melhor para sua família.  E aí quando a pessoa se dá conta disso, os atritos acontecem.   Através dessa medida a Igreja deixa claro que respeita as convicções dos pais e que nenhum de seus membros deve convencê-los do contrário.

Só que como todos esses problemas de família, nada é tão simples assim.  Acontece que existem famílias onde um dos pais é membro ativo da Igreja e compartilham a guarda de crianças com um ex-cônjuge que vive em um casamento ou mora com alguém do mesmo sexo.  Esses membros da Igreja podem se sentir oprimidos por ter que "pedir licença" para poder batizar seus filhos.  Meu coração fica apertado por essas mães e pais!  Apesar disso, sinto que essa decisão foi correta para a Igreja como um todo.  Porque é muito mais recorrente a gente se deparar com histórias de pessoas magoadas com uma pregação não solicitada do que o caso das famílias parte-membro que precisarão da autorização.  Além disso, por motivos práticos é mais fácil superar mal entendidos entre os que estão entre nós do que evitar os constrangimentos que podemos causar ao tentar ensinar jovens ou crianças em detrimento da educação que recebem em casa.

É importante lembrar que todas as bênçãos de saúde, de conforto e orientação podem ser concedidas a todos que tenham o desejo de recebê-las.  A entrevista com o Elder Christofferson, do quórum dos Doze Apóstolos, esclarece bem os motivos da Igreja.  Percebo em suas palavras a sinceridade dos seus argumentos.  Deus ama os pais e os filhos que essa medida afeta e nós precisamos respeitar os sentimentos de todos os envolvidos.  Em uma sociedade onde o normal é um lado atacar o outro, é bom quando alguém levanta a bandeira branca e reconhece que as razões e os direitos dos outros são tão importantes quanto os nossos.

https://youtu.be/iEEMyc6aZms



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Sobre a gratidão

A coisa engraçada de ter pais jovens é lembrar bem dos pais na sua idade.  Certamente este não será o caso das minhas filhas!  Nessa última segunda fiz aniversário e observei minhas pequeninas tão felizes de cantar parabéns para a mamãe.  Foi uma alegria incrível durante todo o dia.




Essa alegria foi mesmo marcante porque o meu aniversário de 33 anos foi muito diferente.  Ter a mesma idade que Cristo tinha quando faleceu me fez ponderar muito sobre o que eu havia feito da minha vida.  Afinal de contas, meu Salvador atingiu a perfeição e salvou a humanidade nesse tempo.  E eu?  Qual a minha contribuição nesses anos que eu recebi de presente?

Por isso e tantos outros motivos, esse ano que se passou foi de muito estudo, muita ponderação e, claro, muitas mudanças.  E no meu aniversário eu pude receber o amor e a aprovação de Deus por esse esforço.  Eu pude sentir de forma muito real algo que Deus tem mostrado para mim e que eu estava relutando em acreditar: que Deus é grato!

Como assim, grato?  Ele tem tudo.  Ele pode tudo.  Por que Ele seria grato a mim?!  Mas Ele não é grato a mim, exclusivamente.  Ele é grato por todos.  Por cada dia que você deu o assento para uma pessoa cansada, grávida ou idosa.  Por cada pessoa que você deixou passar na sua frente só porque ela estava com pressa e você não.  Por cada vez que você deu água para aquele morador de rua.  Por cada dia que você cuidou da sua família mesmo sem receber reconhecimento de ninguém. Por cada palavra zangada que você se recusou em soltar por amor ao que te ofendeu.  Em um mundo onde é tão fácil ser pequeno, por um momento você escolheu ser grande como o Pai que te criou.  E Ele é tão grato por isso!


Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Mateus 25:34-40
Eu particularmente acredito que em algum momento de nossas vidas viveremos todas essas situações.  Sentimos fome, sede, precisamos de um lugar pra ficar, roupas pra vestir, adoecemos e ficamos presos em algum lugar (principalmente elevadores!).  E aquele que apareceu nessa hora para nos ajudar é aquele que serviu de veículo para que o amor de Deus chegasse até nós.  Outras horas somos nós que encontramos nosso semelhante na sua hora de necessidade.  E assim, cuidando um do outro, damos prazer ao Deus que não faz acepção de pessoas.  Somos todos suas filhas e filhos.
Diferente de nossos pais terrenos, no entanto, Ele é perfeito.  Ele reconhece que em um mundo com tantas opções de fazer o que é errado e uma única forma de agir certo, é bem mais provável que a gente vá pelo caminho mau.  Ele se alegra com cada um de nossos acertos.  Sobre Cristo, Seu Filho Unigênito na carne, disse amorosamente que se comprazia Nele.    Nós podemos também agradá-Lo se atendermos ao convite do Salvador:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para a vossa alma.Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Mateus 11:28-30
A cada momento que sinto Seu amor, mais sinto vontade de fazer o que Ele me ensina.  Deus é bom.  Ele é grato.  Que a gente aprenda com Ele a dizer obrigado e demonstrar de maneira mais genuína nossa gratidão por todos os que tornam a nossa vida mais leve de alguma maneira. 

Por que genealogia?

Nesse último sábado aconteceu o Dia de História da Família da estaca Jacarepaguá.  Para quem não sabe, estaca é o nome que se dá na Igreja para um grupo de unidades locais.  As congregações da Barra, Recreio e Jacarepaguá são organizadas através da estaca Jacarepaguá, que tem uma presidência e um comitê executivo coordenando 7 unidades.  Acontece que o meu marido faz parte desse comitê executivo e esse ano ele ficou responsável pelo Dia de História da Família.

E o que acontece quando um marido está responsável por alguma coisa?  Claro, virei secretária do evento!  Ligações, e-mails, convites... Sem contar nas horas e horas sem ele que estava envolvido nos preparativos além de fazer todas as outras coisas que ele faz.  Mas no caso deste evento, ele tinha toda licença do mundo para isso.  Porque eu amo genealogia de paixão e eu não só apoiava como cobrava que ele desse o seu melhor.  

Quando eu convidava as pessoas para o evento, ouvi muitas pessoas me perguntando porque eu gosto tanto de genealogia.  Particularmente, eu acredito que existem muitos motivos para se gostar de genealogia, ainda mais para uma pessoa que curte História como eu.  É emocionante aprender mais sobre mim mesmo ao descobrir as minhas origens.  É libertador entender melhor as fraquezas e as vitórias das pessoas da minha família por começar a enxergar as dificuldades que enfrentaram e as oportunidades que lhes foram negadas e que eu hoje desfruto.  Porque é fascinante situar minha família no tempo e no espaço da história do mundo e perceber como tudo aquilo que eu estudei na vida afetou a trajetória que me trouxe até este momento do jeitinho em que estamos.

Bom, mas isso explicaria o porquê de tantas sociedades e colégios de genealogia e quantas pessoas curtem isso como hobby.  Certamente todas essas são coisas que eu ganhei estudando a genealogia. Mas quando me perguntam o porquê do meu amor pela genealogia eu sempre dou a mesma resposta: porque eu acredito que as famílias podem ser eternas.

Já ouvi de tudo quando eu falo assim, mas a melhor resposta que eu recebo é "gostaria de acreditar nisso também".  Muita gente acha isso inacreditável.  Em resposta, faço minhas as palavras do apóstolo Paulo:
Por causa disso me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,
Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;
Para que Cristo habite pela fé no vosso coração; para que, estando arraigados e fundados em amor,
Possais perfeitamente compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,
E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
Efésios 3:15-19

Sou profundamente grata pelo amor que recebemos do Pai ao viver em família e desfrutar de todas as emoções de ser filha, esposa, mãe, irmã...  Mas realmente, o saber dessa questão da eternidade das famílias precisa ser recebida pelo poder do Espírito Santo em nossos corações.  E eu posso contar inúmeras ocasiões em que isso aconteceu comigo.

Esse sábado foi uma delas. Ao desfrutarmos juntos dos conhecimentos de genealogia, em princípio tão técnicos e tão práticos, meu coração foi invadido por gratidão e amor por aqueles que eu poderia vir a conhecer através das coisas que eu estava aprendendo.  Uma grande paz e um desejo de ser melhor me acompanharam de lá até em casa.  Foi uma ocasião muito feliz.

De todos os conhecimentos que recebemos com a restauração do Evangelho, certamente o que me traz mais alegria é saber que o amor entre marido e mulher, pais e filhos, é parte essencial do lar em que moraremos com nosso Pai Celestial, se formos fiéis.