sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Olhando para trás


Às vezes as coisas estão bem na nossa frente e a gente não vê!   Ou só acontece comigo?!  Pois desde o início desse ano eu tenho me preocupado em aprender a ouvir o Senhor.   Mas a primeira lição que Ele quis me mostrar é que Ele já me guia faz tempo.  O Senhor me mostrou que as decisões difíceis que eu tenho tomado nos últimos anos tem sido orientadas por Ele.  E com exceção de dois casos dos quais eu já me arrependi amargamente, eu na verdade tenho agido de acordo com a vontade Dele.

Isso quer dizer que eu fiz tudo certo?  Claro que não! Todo dia tem um pecado ou burrice aqui e ali pra ajeitar.  Mas eu estou falando das grandes decisões de moradia, emprego, orçamento, etc.  Essas coisas bem de gente grande e que afetam o destino de todos da casa, principalmente o das nossas crianças em sua fase formadora.

E como é que eu fiz pra acertar umas e errar outras?

Eu percebi que todas as vezes que eu acertei foi quando eu priorizei as coisas que o Senhor prioriza nos critérios de decisão.   Eis aqui o meu algorítimo de decisões para a família diante das opções de cada decisão:

1. Considerar os mandamentos do Senhor:  o que dizem as escrituras e os profetas? Tive alguma impressão enquanto lia as escrituras ou orava sobre esse assunto particular?  

2. Considerar a prudência da decisão: qual das opções me torna mais seguro e mais livre no futuro?

3. Considerar os sentimentos dos envolvidos: como eu e o Thiago juntos nos sentimos sobre as opções? Temos um acordo?

Todas as vezes que eu errei foi quando eu não respeitei essa ordem, ainda que os critérios tenham sido os mesmos.  O clássico exemplo é colocar a carroça na frente dos burros. No meu primeiro erro eu falhei em agir de acordo com o sentimento que eu tive enquanto estudava as escrituras.  No meu segundo erro eu falhei em considerar qual das opções me tornaria mais segura e livre no futuro.

E digo mais: em uma decisão que o Thiago discordou de mim e eu sabia o que era o certo, advinha o que aconteceu?  A opção errada simplesmente não foi pra frente, nos levando diretamente para a decisão certa segundo os sentimentos que eu tive no templo e que me pareceu ser mais segura e com mais liberdade.  O que explica precisamente que a ordem do meu algorítimo está realmente certa.  Também significa que se eu penso primeiro no Senhor e na sabedoria que Ele me deu, o passo 3 não vai me levar a escolha errada.  Ele vai intervir como já fez antes.

Essas últimas semanas, portanto, me sinto como Oliver Cowdery que ouviu do Senhor:

"Em verdade, em verdade te digo: Bem-aventurado és pelo que fizeste; porque me procuraste e eis que, tantas vezes quantas inquiriste, recebeste instruções de meu Espírito. Se assim não fora, não terias chegado ao lugar onde agora estás." (Doutrina e Convênios 6:14)

Em tempos de pandemia, essa confirmação tem sido muito preciosa.  Quando decidi permitir que as crianças brincassem com os amiguinhos enquanto éramos bombardeados com mensagens de que não poderíamos ver ninguém, sei que agi por inspiração conservando a saúde mental de toda a família.  Do mesmo modo, quando eu decidi não deixar mais brincar com os amiguinhos porque percebi que começaram a ter casos na região, vi que eu realmente tinha protegido a minha família na hora certa por causa dos casos que apareceram na vizinhança logo após a minha decisão.  Recebemos até uma mensagem de um vizinho ateu que disse para o Thiago: 

"Você tomou essa decisão na hora certa! Agora estão aparecendo casos entre os amiguinhos das nossas filhas" 

Mal sabe ele que foi um instrumento nas mãos do Deus que ele não acredita para nos dar uma mensagem importante.  

Porque a verdade é que o agir de Deus está em todos os seus filhos quando buscam amar e fazer o bem, acreditemos Nele ou não.  Mas quando acreditamos, Ele pode fazer muito mais por nós.  Ele pode nos segurar pela mão e levar-nos para caminhos nunca antes sonhados e certamente melhores do que aquilo que almejamos.


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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Minha meta de ano novo!

Esse foi o meu terceiro ano novo nos EUA.  O do ano passado eu aproveitei com a família no Brasil e até as crianças acharam tão maravilhoso que hoje mesmo estavam falando nisso.  Elas sempre lembram!  Eu sou tão grata por ter ouvido o Espírito Santo que me urgiu a ir logo antes de toda essa confusão que não me permitiria viajar por um tempo.

Uma semana depois dos votos de alegria e novos tempos e as pessoas ao redor parecem mais uma vez cansadas e tristes.   Desde 2017 que eu passei a acumular as ansiedades de duas nações e isso tem sido mais pesado em alguns dias do que outros.  

Até hoje eu não tinha uma meta de ano novo, mas os eventos dessa primeira semana aqui nos EUA me mostraram que a coisa mais importante que eu preciso aprender é ouvir a voz do Senhor.  A saber, a semana começou com uma proposta de lei que substitui o uso de palavras de gênero específico como “mãe, pai, irmão, irmã, filha, filho,” etc.  Ver os meios de comunicação chamar a palavra “mãe” de ofensiva me partiu o coração.  Eu tenho duas filhas e imaginar um mundo pra elas onde não existem mais as proteções sociais em que as minhas liberdades se baseiam me tira o sono.  Pelo menos elas não são atletas e não vão ter a desilusão de ver que nessa geração os esportes não são mais para meninas.  E depois dessas preocupações veio o quebra-quebra em Washington DC e toda a insegurança que essas crises políticas trazem.

Eu sempre gostei de ler e estudar as escrituras é algo que eu faço com alegria.  Mas ouvir a voz do Senhor é mais do que aprender sabedoria da vida e experiências dos servos de Deus do passado.  É saber entender os conselhos que Ele tem especificamente pra mim e segui-los com exatidão.  E nisso eu tenho dificuldade.

Então esse ano eu tenho que criar espaços de tempo para parar e ouvir.   E vou escrever aqui as descobertas que eu fizer pelo caminho.

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