segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Que lindos são!

Ontem quando a reunião da Igreja acabou, uma amiguinha da minha filha, também com 5 anos, abriu o berreiro.  Como eu gosto muito dela, fui perguntar o que tinha acontecido, ela cercada pelas outras meninas que tentavam em vão consolá-la.  Foi aí que ela me relatou a tragédia: ela tinha convidado uma amiguinha para a Igreja e ela não tinha vindo.  

Eu queria ter sido um pouco mais adulta nessa hora, mas meus olhos se encheram de lágrimas e eu disse pra ela que a minha também não tinha vindo e que eu sabia como ela se sentia.  Uma das meninas olhou pra mim surpresa e perguntou: "Tia, você vai chorar também?"

É, gente, eu achava que estava disfarçando muito bem, mas parece que não deu e eu passei de bobona nessa história.  O fato é que o meu coração ficou apertado porque eu sei muito bem o sentimento que a minha pequena amiga estava experimentando.  Acho que é uma sensação doída para todo mundo porque quando penso nos motivos pelos quais eu não compartilho o evangelho em todas as oportunidades, o medo de sentir assim sempre está lá.  A gente não quer ver esse convite tão querido sendo ignorado, ou pior ainda, rejeitado.

Muita gente não gosta de ouvir falar em religião, mesmo que sejam religiosos.  Eles pensam que toda vez que alguém convida para alguma coisa é um desrespeito às suas convicções.  Acontece que você não pensa assim se é convidado a ir a um clube, academia, outro trecho da praia, ou qualquer coisa do tipo, embora no fundo seja a mesma coisa.  Eu convido para a Igreja não porque eu acho que a sua não serve, mas porque eu gosto muito da minha e eu simplesmente quero compartilhar isso com todas as pessoas.  Eu não tenho problema nenhum em ser convidada para nenhuma outra religião e iria em qualquer uma que me convidassem.  Aliás, nenhum amigo que tenha me convidado recebeu um não, a não ser que eu tivesse um compromisso na data.

Acima de tudo, eu prezo pelo carinho e pelo respeito.  Se percebo que a pessoa não se interessa pelo assunto, eu não trato dele.  Mas é impossível não saberem que sou da Igreja.  Se me perguntarem o que eu fiz no final de semana, eu não posso falar só do sábado posso?  Sempre vou mencionar que eu fui a Igreja.  Se me perguntarem porque ajo assim ou porque faço assado, muitas vezes a explicação está nos ensinamentos que recebo lá.   E por que tem gente que me olha torto quando isso acontece?  A estes eu digo:

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.
Romanos 1:16

E tem mais: esse mesmo Paulo que declarou isso, um dia foi desses de rolar o olhinho quando um cristão abria a boca.  Eu não vejo nenhum bom motivo para não mostrar quem sou e o tanto que eu amo aquilo que eu estudo e pratico.  Eu gosto sim de tanta coisa e quem me conhece sabe que eu tenho um repertório bem variado de interesses.  Não é falta de assunto, é amor em abundância.  E claro, é também esperança, por que a gente nunca sabe onde é que essa palavra é necessária.  

Ainda aos Romanos, Paulo ensinou:

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.
Romanos 10:13-15



Tento imaginar o que teria dito Isaías se ao invés dos pés empoeirados dos pregadores de sua época visse os lindos pezinhos em suas sandalinhas purpurinadas ou dos tênis que piscam dos pequenos que andam pelos parquinhos hoje falando de Cristo para todos os que conhecem.   Acho que eu tenho todos os motivos para me emocionar!





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