segunda-feira, 3 de agosto de 2015

As segundas-feiras

Eu amo segundas-feiras.  Sinto que tenho uma semana inteirinha pela frente para fazer diferente, mudar o que não deu certo na semana anterior.  É um dia em que sinto mais motivação do que na sexta, quando a gente fecha a conta e vê que, infelizmente, por mais uma semana aquele projeto ficou pra depois.  Não me entendam mal, é claro que eu recebo bem o consolo de ter um final de semana para não pensar sobre isso!  Mas a energia de um início de semana sempre me faz bem.

As minhas segundas preferidas são as de sol.  E hoje não é só uma segunda de sol, mas uma segunda de início de mês.  São dois ciclos se iniciando ao mesmo tempo... É muita esperança neste coração, minha gente!  Esse mês que se encerrou foi um momento de muita reflexão para mim.  Pensei especialmente em como o segundo semestre chegou mais rápido do que eu pensava e sem as realizações que eu antecipava.  Parei para analisar o que exatamente deu errado e foi por isso um aprendizado e tanto.  

Dentre as coisas que eu aprendi, mais uma vez, foi através da vida do Salvador Jesus Cristo que encontrei o que realmente estava me atrapalhando.  Esse mês de julho estudamos o livro de Lucas e uma coisa que nunca me chamou atenção antes me atingiu profundamente.  Quando eu era adolescente ouvia falar na Igreja que Cristo é o exemplo de todas as coisas e eu ficava achando aquilo um tanto impossível de ser verdade.  No entanto, quanto mais estudo a vida do Salvador, mais encontro na conduta dele exatamente aquilo que está me faltando.

No capítulo 23 do evangelho de Lucas, Cristo esteve diante de Pilatos e Herodes e, achado inocente, foi escolhido para ser crucificado pelo seu próprio povo.  Logo após a escolha entre ele e Barrabás, começou o caminho da cruz com a ajuda de Simão, cireneu.  Então no versículo 27 e 28 eu encontrei aquilo que eu procurava:

E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos, e o lamentavam.
Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos.
Lucas 23:27,28


Vejam bem, eu não estou querendo dizer que essa é a única interpretação desta passagem.  Mas o que me marcou profundamente é que em meio tudo o que Ele passava, Ele  não estava se sentindo um coitadinho.  Sim, Ele estava sendo injustiçado, maltratado, traído, espancado, condenado, trocado, ridicularizado e tudo isso no processo de salvar toda a humanidade.  Mas nem assim Ele desejou ou sequer consentiu ser considerado uma vítima de tudo isso.  Ele entendia que era tudo parte do processo de redenção da humanidade.  

Eu não.  Eu tinha desculpa para todas as minhas metas que não tinham sido alcançadas. Porque todas as metas que eu não alcancei envolviam outras pessoas que me disseram não ou outras que me deixaram na mão depois de um sim.  Por mim, todas as filhas de Jerusalém poderiam chorar por mim e por que não comigo?  

Por isso minha resolução de segundo semestre é voltar a trabalhar nas metas do primeiro entendendo que os problemas fazem parte do processo do futuro que eu visualizei para mim e para a minha família.  E que venha agosto!  




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