segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Sempre Tem um Plano B

Ontem na Igreja foi complicado controlar as crianças no meio da animação de dia dos pais. Meu marido normalmente vai a outras unidades da Igreja para fazer o trabalho que ele foi chamado para coordenar e, estando na nossa ontem, elas ficaram muito felizes.  Elas também estavam muito felizes com nossos vizinhos de quem elas gostam muito que estavam lá nos visitando.  

Quando eu pensava que não tinha mais jeito, vi que tinham crianças montando Lego e me veio a ideia de que elas se interessariam por essa brincadeira.  Então mostrei para as duas e elas morderam a isca.  Sentei-me com elas junto das outras crianças que brincavam de forma reverente.  Não me lembro exatamente do que aconteceu, mas em um momento da brincadeira eles precisaram fazer um adaptação.  Então o mais velho veio sussurrar pra mim: "Tia, sempre tem um plano B."

Eu sorri para o menino e agradeci por aquelas palavras inocentes que aparentemente não tinham nenhuma consequência.  Mal sabia ele que eu estava cozinhando a ideia do monte de coisas que eu precisava fazer essa semana e que ocorreriam sempre diferente do que eu tinha antecipado.  Estava pensando em como planejar parecia algo tão inútil já que tudo sempre acontecia no improviso e na adrenalina no final das contas.

Mas hoje as palavras continuaram na minha cabeça e me lembrei de como a própria história de Abinádi, no Livro de Mórmon, era um exemplo disso.  O Senhor enviou Abinádi para abrir os olhos do Rei Noé e de seus sacerdotes que estavam vivendo "la vida loca" e levando o povo a fazer o mesmo.  Bom, aparentemente a missão de Abinádi tinha sido um fracasso que culminou na sua morte pelo fogo.  Um dos sacerdotes do Rei Noé foi tocado pelas palavras do profeta e ele procurou o arrependimento e convidar as outras pessoas a fazer o mesmo.  O nome desse homem era Alma e ele ensinou e batizou nas águas de Mórmon, 450 pessoas e se tornaram uma nova comunidade de pessoas tementes a Deus.  No capítulo 18 do livro de Mosias aprendemos sobre a natureza doce de seu coração.


E aconteceu que ele lhes disse: Eis aqui as águas de Mórmon (pois assim eram chamadas); e agora, sendo que desejais entrar no rebanho de Deus e ser chamados seu povo; e sendo que estais dispostos a carregar os fardos uns dos outros, para que fiquem leves;
Sim, e estais dispostos a chorar com os que choram; sim, e consolar os que necessitam de consolo e servir de testemunhas de Deus em todos os momentos e em todas as coisas e em todos os lugares em que vos encontreis, mesmo até a morte; para que sejais redimidos por Deus e contados com os da primeira ressurreição, para que tenhais a vida eterna—
Agora vos digo que, se for este o desejo de vosso coração, o que vos impede de serdes batizados em nome do Senhor, como um testemunho, perante ele, de que haveis feito convênio com ele de servi-lo e guardar seus mandamentos, para que ele possa derramar seu Espírito com mais abundância sobre vós?
E quando ouviram estas palavras, bateram palmas de alegria e exclamaram: Este é o desejo de nosso coração.
https://www.lds.org/scriptures/bofm/mosiah/18.9?lang=por     Acessado em 10/08/2015
Não sabemos quantas pessoas haviam no reino, mas 450 era claramente uma minoria a julgar pelos detalhes da história.  Poderíamos pensar que a conversão deste povo especial era sucesso suficiente para justificar a morte de um homem extraordinário como Abinádi.  Mas... Tinha um plano B.  E esse plano se executou nos dias do filho do Rei Noé, Limi.  

Os infortúnios previstos por Abinádi começaram a acontecer e o povo começou a repensar seus conceitos.  O próprio Rei Lími era um homem bom, muito diferente de seu pai, buscando consertar os erros do passado.  Infelizmente não tinham mais contato com Alma ou com os demais nefitas.  Padeceram por um bom tempo até que foram encontrados por homens enviados pelo Rei Mosias.  Eu poderia e até gostaria de contar tudo, mas acho mais emocionante ler a história inteira que vai do capítulo 19 a 22 do livro de Mosias, no Livro de Mórmon.

Pensar nessas coisas me trouxe a confiança que faltava para manter-me firme nos compromissos que fiz com Deus.  Podemos confiar em um Deus que nunca é surpreendido, que tem planos que vão do alfa ao ômega.

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