Como tagarela que sou, faço amizades por onde passo e me interessa muito ouvir as pessoas e suas histórias de vida. Enquanto a maioria das pessoas que gostam de falar muito costuma contar coisas, eu gosto muito de fazer perguntas. Eu sei, é bem chato e eu tenho que me policiar toda hora para não perguntar coisas indiscretas! Frequentemente a minha curiosidade desperta a simpatia das pessoas porque elas sentem que eu realmente me interesso por elas.
Ontem mesmo tive a oportunidade de conhecer melhor uma família que há muito eu não via. Na Sociedade de Socorro, organização feminina de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, participo do trabalho de professoras visitantes que vão a casa das mulheres da Igreja para estabelecer vínculos de amizade e oferecer apoio na hora do aperto. Eu amo fazer parte disso, mas quando vamos em um endereço novo dá um frio na barriga por não sabermos como seremos recebidas.
E ontem eu tive tanto alegria como tristeza. E claro que a tristeza veio primeiro! O primeiro não quis nos receber e nos dois seguintes as pessoas haviam se mudado sem nem avisar. Finalmente no último encontramos duas queridas que nos receberam com muito amor e tivemos uma experiência muito agradável juntas. Saímos de lá tão leves e a amiga que foi comigo estava tão empolgada que disse que queria contar a todo mundo como tinha sido maravilhoso o que vivemos.
Lembrei-me das palavras de Alma, no Livro de Mórmon:
Oh! eu quisera ser um anjo e poder realizar o desejo de meu coração de ir e falar com a trombeta de Deus, com uma voz que estremecesse a terra, e proclamar arrependimento a todos os povos!
Sim, declararia a todas as almas, com voz como a do trovão, o arrependimento e o plano de redenção, para que se arrependessem e viessem ao nosso Deus, a fim de não haver mais tristeza em toda a face da Terra.
Alma 29:1-2
Sempre me chamou a atenção como algumas pessoas se enchem de propósito e de vontade de fazer o bem enquanto a maioria de nós segue a sua rotina aparentemente sem muitos questionamentos. Desde que consigo me lembrar tenho sentido dentro de mim o desejo de fazer parte de algo maior do que simplesmente sobreviver. Tem sido a minha experiência observar que na verdade esse desejo surge na vida de todo ser humano, mas que nós reagimos a ele de formas diferentes. Me enche de gratidão estar em uma Igreja onde encontro tantas pessoas que alimentam essa boa vontade de querer mudar o mundo uma vida de cada vez.
Relembro-me do Salvador Jesus Cristo quando ensinou a seus discípulos no finalzinho de seu ministério mortal:
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
João 15:1-5
Ontem eu e minha amiga sentimos a alegria de trabalhar na videira do Senhor. Sentimos seu amor e nosso coração ficou cheio de alegria. Esperamos que um dia ainda possamos ver os frutos de momentos maravilhosos como esse.
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