segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Humildade ou gratidão?

Hoje quando fui dar banho nas meninas, fiquei muito feliz de ver que a mais velha estava lavando seu cabelo sem ajuda.  Fiquei especialmente satisfeita ao vê-la enxaguar a cabeça sozinha, porque a hora de lavar o cabelo geralmente é a que suscita mais lágrimas e reclamações.  Quando dei a ela meus sinceros parabéns por ter conseguido, ela prontamente rejeitou meu elogio dizendo que ela não podia fazer isso e sim a água.  Repetindo meu tom de voz e palavras disse "Parabéns água por ter tirado o xampu do meu cabelo!"

Eu ri, mas isso não significa que eu não tenha internalizado a profunda lição.  Em algum momento da nossa vida a gente esquece o que as crianças já sabem: que nós não fazemos o que fazemos por nós mesmos.  Eu não posso tomar banho sem a água e o sabão, cozinhar sem a comida e o fogão, ou trabalhar sem os colegas e os clientes.  Sinceramente não sei dizer se isso é uma lição de humildade ou de gratidão, ou se pela primeira vez entendo que não dá pra desassociar as duas coisas.

Lembro-me bem quando o jovem rico procurou o Salvador:


"E saindo para o caminho, correu para ele um homem, e pondo-se de joelhos diante dele, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém  abom senão um, que é Deus."
Marcos 10:17-18
A atitude da minha filha, tão parecida com a de Cristo, me fez repensar minhas próprias atitudes.  Acho que correr atrás das coisas que precisamos na vida da gente às vezes nos faz superestimar o papel da nossa performance e atitude.  Tão importante quanto são o esforço e a determinação, é sábio reconhecer que não somos maiores do que as nossas circunstâncias e somos constantemente limitados por elas.  

Diante desses pensamentos, as palavras do Rei Benjamim ganham nova perspectiva para mim:


"Pois eis que se o conhecimento da bondade de aDeus despertou agora em vós a consciência de vossa nulidade, e de vosso estado indigno e decaído —
Digo-vos que se haveis adquirido aconhecimento da bondade de Deus e de seu incomparável poder e de sua sabedoria e de sua paciência e de sua longanimidade para com os filhos dos homens; e também da bexpiação que foi preparada desde a cfundação do mundo, a fim de que, por ela, a salvação possa vir para aquele que puser suadconfiança no Senhor e guardar diligentemente seus mandamentos e perseverar na fé até o fim da vida, quero dizer, a vida do corpo mortal —
Acreditai em Deus; acreditai que ele existe e que criou todas as coisas, tanto no céu como na Terra; acreditai que ele tem toda a asabedoria e todo o poder, tanto no céu como na Terra; acreditai que o homem não bcompreende todas as coisas que o Senhor pode compreender.
E novamente, acreditai que vos deveis aarrepender de vossos pecados e abandoná-los e humilhar-vos diante de Deus; e pedir com sinceridade de coração que ele vosbperdoe; e agora, se cacreditais em todas estas coisas, vede que as dfaçais."
Mosias 4:5-6,8-9
É maravilhoso descobrir que acreditar ser pequeno não nos torna menos capazes quando reconhecemos a existência de um Deus que é grande e que nos ama profundamente em nossa pequeneza.  

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